segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Pirelli pretende reduzir granulação e superaquecimento em 2026

Beatriz Oliveira
Beatriz Oliveira 3 dias atrás - 2 minutos de leitura
Pirelli pretende reduzir granulação e superaquecimento em 2026
Pirelli pretende reduzir granulação e superaquecimento em 2026

A Pirelli anunciou esta semana, durante evento em Abu Dhabi, as mudanças na linha de pneus da Fórmula 1 para 2026. Após quatro anos com tamanhos padronizados desde a introdução dos aros de 18 polegadas, a fabricante italiana promoveu ajustes significativos.

Os pneus da próxima temporada terão um diâmetro de aro de 18 polegadas, mas a largura sofrerá alterações: os pneus dianteiros serão reduzidos em 25 milímetros, enquanto os traseiros terão uma diminuição de 30 milímetros. Além disso, o diâmetro dos pneus também será ajustado, com uma redução de 15 milímetros para os da frente e 10 milímetros para os de trás.

Essa alteração pode parecer mínima, mas é importante, pois pode gerar mais granulação devido ao maior estresse na superfície do pneu. Há ainda o risco de superaquecimento, que deve ser monitorado. Mario Isola, diretor de automobilismo da Pirelli, destacou a relevância de acompanhar a granulação nos novos pneus, uma questão que já foi observada em corridas anteriores.

Isola explicou que a área de contato dos pneus de 2026 é menor em comparação com as versões de 2025, o que pode levar a mais graining, resultando em maior degradação do desempenho. “Um dos desafios é que, ao ter menos borracha na pista, os pilotos podem enfrentar superaquecimento, que é um fator indesejado”, afirmou.

Para minimizar esses problemas, a Pirelli está desenvolvendo novos compostos que visam controlar o superaquecimento. “Queremos que a granulação ocorra para promover estratégias variadas, mas o superaquecimento deve ser evitado, visto que afeta a performance dos pilotos”, acrescentou Isola.

A empresa utiliza tecnologias avançadas em sua sede em Milão, focando em inovações tanto químicas quanto mecânicas. Isso envolve otimizações na composição dos pneus e modelos de distribuição da pressão e temperatura, buscando uma performance mais uniforme na pista.

De acordo com Isola, é um desafio balancear a redução da degradação e do superaquecimento. Para conseguir isso, a equipe trabalha com simulações e ajustes finos, levando em conta também as diferentes condições das pistas. Em 2024, a pressão dos pilotos por menos graining foi ouvida e resultou em melhorias na resistência mecânica dos compostos, permitindo um gerenciamento mais efetivo da degradação.

Essas mudanças prometem impactar a dinâmica das corridas, com foco em garantir que os pilotos tenham um desempenho consistente e competitivo nas pistas da Fórmula 1.

Beatriz Oliveira
Beatriz Oliveira

Estudante de Engenharia Mecânica, redatora por hobby e vendedora na loja Pneus em Goiânia.

Receba conteúdos e promoções