segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Bombeiros controlam incêndio em empresa de pneus

Beatriz Oliveira
Beatriz Oliveira 4 horas atrás - 3 minutos de leitura
Bombeiros controlam incêndio em empresa de pneus
Bombeiros controlam incêndio em empresa de pneus

A cafeicultura em Mato Grosso passa por um importante avanço tecnológico, impulsionado por investimentos do Governo Estadual, através da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), e pela pesquisa da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer). Essas iniciativas ajudam a modernizar a produção de café e a fortalecer a agricultura familiar nas comunidades.

Diferentemente de outras regiões do país, onde o café conilon é comum, em Mato Grosso a cultura adotou o Robusta Amazônico, um híbrido originado da Embrapa Rondônia. Este tipo de café é mais adequado ao clima quente e úmido da região, o que favorece sua produção.

Entre 2019 e 2025, o Governo de Mato Grosso investiu mais de R$ 4,4 milhões na cafeicultura. Foram entregues mais de 2,6 milhões de mudas, máquinas para a colheita e conjuntos de beneficiamento. A assistência a mais de mil produtores resultou em um crescimento de mais de 100% na produção e um aumento de mais de 250% na produtividade.

Andreia Fujioka, secretária de Agricultura Familiar, destaca a importância do café para as economias locais, afirmando que essa cultura gera renda estável e mantém as famílias no campo. O Governo trabalha para tornar a produção de café sustentável e competitiva, valorizando os agricultores e promovendo o desenvolvimento dos municípios.

A cafeicultura no estado começou na década de 1980, mas apenas ganhou tecnologia adequada a partir de 2015, com o Programa de Revitalização da Cafeicultura, que oferece acesso a sementes melhoradas e capacitação para os agricultores. Esses esforços foram fundamentais para que a produtividade média saltasse de 6 a 8 sacas por hectare para 22 a 23 sacas/ha em uma década.

Colniza lidera a produção cafeeira em Mato Grosso, seguido por Juína, Aripuanã, Nova Bandeirantes e Cotriguaçu. O município recebeu R$ 9,4 milhões em investimentos para a agricultura familiar, incluindo máquinas e equipamentos para a produção. O prefeito Milton Amorim enfatiza o potencial da população local para o cultivo.

A produtividade nas lavouras tecnificadas, segundo a Embrapa, pode chegar a 50 sacas por hectare. Mesmo com uma redução de 43% na área plantada entre 2015 e 2024, a produção ainda cresceu 101,8%, refletindo os benefícios dos investimentos em ciência e tecnologia.

Desde 2021, a Empaer também coordena um projeto para validar diferentes tipos de clones de café, com o apoio de várias instituições. Os resultados iniciais mostram potencial para produtividades superiores a 100 sacas por hectare, destacando a competitividade da cafeicultura local.

A produção de café se tornou vital para a agricultura familiar em Mato Grosso devido à sua rentabilidade e necessidade de mão de obra. O cultivo beneficia várias cadeias produtivas locais, incluindo viveiros, comércio de insumos e agroindústrias.

Municípios como Alta Floresta têm observado os resultados dos investimentos. Nos últimos sete anos, foram injetados R$ 7,5 milhões para ampliar a produção, e a demanda local começou a ser atendida com café produzido na região.

Em Nova Monte Verde, o Governo do Estado investiu R$ 2,5 milhões em equipamentos que também ajudaram a fortalecer a cultura local. O prefeito Edemilson Marino afirma que a produção de café é parte fundamental da história do município.

Paranaíta, que recebeu R$ 4,6 milhões em investimentos, também se beneficia com a confiança dos produtores, que agora buscam industrializar a produção local com apoio do Governo. O foco em pequenas propriedades tende a melhorar a qualidade de vida dos agricultores.

O Governo de Mato Grosso destina R$ 817 milhões a 142 municípios, com o objetivo de fortalecer as cadeias produtivas e promover inclusão no campo. O que está se consolidando na cafeicultura do estado vai além do aumento da área plantada, representando um modelo baseado em pesquisa e inovação, que transforma a produtividade em desenvolvimento sustentável.

Beatriz Oliveira
Beatriz Oliveira

Estudante de Engenharia Mecânica, redatora por hobby e vendedora na loja Pneus em Goiânia.

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